Parque Nacional de Dulombi
Conservação para a geração presente e vindoura
Localização Geográfica
O Parque Nacional de Dulombi tem uma superfície de 160.096 há, faz limites a sudoeste e Sul com o rio Corubal, entre os paralelos 11 e 13 grau de latitude Norte, 13 e 14 grau de longitude Este, seguindo o rio Corubal até a ponte de saltinho. Os limites do parque cobrem três setores administrativos: Cossé, Gabu e Boé. Ao norte pelo rio Nhauasse nas imediações do regulado de Binafa situado na região de Gabú. Ao sul o rio Corubal marca a separação entre as duas unidades de conservação, à nordeste faz limite com o Corredor faunístico de Salifo-Xitole, onde não muito distante o rio Corubal conflui com o rio Geba.
Data da Criação
28 de junho de 2017 pelo Decreto-Lei nº 13/2017.
Os objetivos Principais do Parque
O principal objetivo da criação do PND é de conservar o conjunto dos ecossistemas representativos do interior continental da Guiné-Bissau, a fauna e a flora e os seus respetivos habitats, numa perspetiva transfronteiriça, integrando o complexo terrestre de Dulombi-Boé-Tchetche (DBT) no Sistema Nacional de APs (SNAP).
Com este Objetivo pretende-se:
- Estabelecer um quadro de governação para expansão do SNAP no interior continental;
- Melhorar a capacidade institucional para a criação e gestão das APs Terrestre alargada e representativa;
- Aplicar a abordagem da gestão participativa no Complexo DBT.
Tutela Instituicional
Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas – Dr. Alfredo Simão da Silva (IBAP).
Comunidades Humanas Residentes
Residem no Parque Nacional de Dulombi e corredores, as comunidades formadas por etnias Fula (em maioria), Mandingas, Balantas, Manjacos, Papéis e outros em minoria.
Caracterização Ambiental
A zona é caraterizada pela sua grande diversidade de ecossistemas (palmeirais, matas ciliares, florestas húmidas, florestas de galerias e diferentes tipos de savanas), zonas húmidas (“wendus“, rios e riachos). Estes habitats são característicos desta zona de transição entre as regiões sudano-saheliana e guineo-congolês.
- Savana arbustiva: apresenta arbustos e árvores (arbórea) de até 07 metros de altura com troncos e galhos retorcidos protegidos por casca espessa;
- Savana arbórea: apresenta árvores de até 12 metros de altura e é mais fechada e densa que a savana arbustiva. Está localizada, em geral, próximo de cursos d’água;
- Savana Herbácea:predomínio de vegetação herbácea (plantas de caule macio ou maleável, normalmente rasteiro), principalmente gramíneas, e pequenas árvores e arbustos bastante espaçados entre si.
Entre outros recursos do PND destacam-se as Pedreiras, Areias, Árvores para a produção de madeira, Peixe de água doce e Produtos Florestas não Lenhosos.
Fauna
Reconhecida ao nível nacional e internacional desde o início dos anos 90 como uma zona de grande diversidade faunística.
A área de Dulombi constitui a área de maior biodiversidade da Guiné-Bissau devido à convergência de espécies de savana e de floresta, algumas plantas endémicas, com 164 espécies de aves, 10 espécies de primatas, 13 carnívoros e 17 ungulados entre os quais multas espécies raras e ameaçadas. São as espécies: Porcos de mato preto e vermelho (Phacochoerus africanus e Potamochoerus porcus), Porco-espinho (Hystrix cristata), o Búfalo da floresta e o da savana (Syncerus caffer e Syncerus caffer nanus), a Gazela pintada (Tragelaphus scriptus), o Muntum (Cephalophus silvicultor), Cabra de mato (Cephalophus dorsalis), o Frintamba (Cephalophus rufilatus), o Antílope equino “boca-branco” (Hippotragus equinus) e alguns primatas, tais como o chimpanzé (Pan troglodytes verus), Macaco mona (Cercopithecus “mona” campbelli), Kon (Papio papio), Macaco vermelho (Erythrocebus patas) e répteis com destaque para três espécies de crocodilos: Crocodilo de Nilo (Crocodylus niloticus), Crocodilo de focinho – delgado (Crocodylus cataphractus) e Crocodilo anão (Ostealemus tetraspis). Também a presença de hipopótamo (Hippopotamus amphibius) e Elefante (Loxodonta africana).
O Parque contém algumas espécies caraterísticas das savanas e subtropicais, como espécies aquáticas e algumas migradoras que utilizam os Wendus e os diferentes cursos de água. Esta área é também reconhecida como uma Área Internacional de Aves (lBA).